quinta-feira, 12 de março de 2009


“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi, antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. Jr. 1.5

Uma das mais belas “artes da natureza” é a gestação. Desde o encontro do espermatozóide com o óvulo, até a quebra do silêncio por um choro estridente do bebê.
A formação de cada parte, de cada detalhe, a cor dos olhos, as unhas, o crescer dos ossos, o traço dos lábios, tudo se torna belo e encantador. Até o coração mais duro se comove diante do nascer de uma vida!

Conversando com uma amiga, que está tendo sua primeira gestação, notei certas fragilidades da maternidade, como a sensibilidade.
A grávida, segundo a obstetrícia, fica mais sensível devido ao aumento de produção hormonal, pois a mulher passa por diversas mudanças no corpo e na mente.
Penso eu, que ainda não experimentei dessa maravilha, que essa sensibilidade vai além dos hormônios, preocupação, ansiedade e diversos fatores julgados responsáveis por tal fato.
Existe algo mais profundo, mais forte e misterioso.


Encontra-se na Bíblia, em João 1.18, que ninguém jamais viu a Deus, assim também no antigo testamento, Deus diz a Moisés que ele não podia vê-Lo, pois não sobreviveria (Ex. 33.20).
A glória do Senhor é tão grande e sua perfeição tão fabulosa que nós como pecadores não sobreviveríamos a tamanha grandeza. Porém temos livre acesso ao Pai, falamos com Ele, tocamos, sentimos seu perfume, seu mover através do seu Espírito Santo.

O que me chama atenção na fala de Deus para o profeta Jeremias é que o Senhor afirma que Ele o formou no ventre de sua mãe. O próprio Deus Pai, em seu tremendo amor forma com suas próprias mãos cada ser vivente nessa terra. Cada pulmão, coração, cada veia e artéria. Ele dá o fôlego da vida. Ele cria a perfeição dentro do imperfeito.

A grandiosidade em ser mãe, em gerar uma vida está nos momentos mais sensíveis, pois o próprio Deus se faz presente nesse momento. Ele com sua glória e majestade fica extremamente próximo do pecador, para criar e dar vida.
Ele não envia anjos e arcanjos para tal tarefa, não coloca Seu Espírito para desenhar o contorno das pernas e nem Seu único Filho para pintar a cor dos cabelos, Ele o próprio Deus, sonha, deseja, cria e da existência a Sua imagem e semelhança.

Sensibilidade materna é inevitável, não porque a medicina não avançou o suficiente, mas porque a perfeição está mais presente.

Que Deus ilumine, os braços de quem carrega Sua criação.