quinta-feira, 1 de outubro de 2009


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“Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra”. Mc. 6.4

Logo após ressuscitar uma criança de doze anos de idade, Jesus retornou a sua cidade. Como de costume, o Mestre ensinava com grande sabedoria nas sinagogas, porém nem todos valorizavam sua inteligência e perfeição, e muitos destes eram da sua própria família.

Isso ocorreu por volta do ano 30. Hoje, em 2009, não é diferente.

Quando alguém se encontra verdadeiramente com Deus, entende com clareza a obra feita na Cruz por Jesus Cristo, maravilhas esta pessoa passa a ter em sua vida. Entretanto, perseguições também a acompanha.

Posso falar por mim mesma.

No momento em que me entreguei de corpo, alma e espírito nas mãos de Deus, tribulações passei a ter no dia a dia. Conflitos dentro de casa, provocações, insultos, rejeições, piadinhas infamas, entre outras ofensas comecei a enfrentar.

Mas não foi apenas dentro do lar. Foi dentro da nova família também. Da igreja.

Para existir um conflito, não é preciso muita coisa, basta ter mais de um ser humano no mesmo local. Agora, imagine muitos seres humanos doentes, pecaminosos, sedentos de diversos tipos de livramentos, se fechando dentro de um templo e passando á conviver muito tempo juntos? Conflito, na certa!

Não há problema que não tenha resolução. Tudo pode ser esclarecido e superado, com base de conversas francas e muita compaixão. Porém o que tem me intrigado, há tempo e de forma elevada, são as atitudes que as igrejas que proclamam a Palavra, têm tomado diante dos membros que nelas habitam.

Jesus, na sua cidade, próximo de seus familiares e conhecidos, ensinava com tremenda sabedoria. Ora, era Deus falando em carne viva. Porém, Ele não era admirado e valorizado, pelo contrário, foi menosprezado e discriminado, por ser filho de um carpinteiro. Como poderia um simples filho de carpinteiro obter tanta sabedoria e usar de palavras tão belas e ricas?

Cristãos, são pessoas imperfeitas, por mais próximo que caminhem de Deus, serão sempre imperfeitas enquanto não forem para a morada eterna. E devido a estas imperfeições, muitos gostam de exigir a perfeição de outros, como fizeram os moradores da cidade de Jesus, apontando uma “imperfeição”, uma discriminação, pois não aceitavam honrar quem merecia honra. Assim, também fez a família dEle (Mc. 3.21).

Dons, virtudes, sabedorias, sonhos, estão sendo destruídos todos os dias dentro das igrejas, pois para fazer a obra de Deus, estas têm pedido um currículo de perfeição, onde enquanto habitarmos o corpo mortal, sem sombra de dúvidas, será impossível acontecer.

“Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”. Mc. 2.17


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